quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Guerra dos 8 Dias

A "Grande Guerra" do PCC x Estado completa 5 anos
com 4 desaparecidos.

A “Grande Guerra” entre a facção criminosa PCC e as forças públicas do estado de São Paulo matou 493 pessoas em apenas oito dias no estado em maio de 2006, cinco anos depois quatro civis continuam desaparecidos. Um deles é de Paulo Alexandre Gomes, que sumiu das ruas de Itaquera (Zona Leste de São Paulo) no dia 16 de maio daquele ano. Sua família dá depoimento no vídeo abaixo. O já doente Estado de São Paulo pode enfrentar nova onda de ataques do PCC contra a polícia. É o que diz o estudo “São Paulo sob Achaque”, divulgado no último dia 9 pela ONG Justiça Global, em parceria com a Universidade de Harvard.

Segundo os pesquisadores, o quadro atual da segurança pública no Estado é semelhante ao de 2006: prisões superlotadas e controladas pelo PCC, polícias vulneráveis a ataques e um número expressivo de casos de corrupção e execução envolvendo policiais. E se não bastasse temos o mesmo Governador da época dos ataques, Geraldo Alckmin do PSDB

“Os estudos mostram que uma nova Grande Guerra é possível na capital e na grande São Paulo”, diz Fernando Delgado, advogado da Clínica de Direitos Humanos de Harvard. Para justificar as previsões, Delgado aponta que o primeiro trimestre desse ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, teve mais mortes de policiais militares em serviço do que o registrado nos três meses que antecederam a Guerra dos 8 Dias em 2006, as prisões que enfrentaram rebeliões há cinco anos registravam superlotação de 147% acima de sua capacidade. Hoje, a ONG afirma que as mesmas unidades enfrentam uma superlotação de 195%.

Em relação à corrupção, que segundo o estudo teria sido o motivo dos ataques de 2006, Fernando diz que pouco é feito para punir os envolvidos nesse tipo de crime e que as condenações não atingem a cúpula da Segurança Pública Paulista.
NITO COSTA.

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